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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

cadê minha figurinha...



Luís César Padilha

Quando eu tinha entre 6 e 8 anos, morei em Esplanada. Lá, junto com os filhos de professora Lucília e de muitos meninos de minha rua, aprendi a gostar de futebol. Na época, entre 1979 e 1982, havia uma edição dos chicletes ping-pong com figurinhas a serem colecionadas: eram fotografias dos jogadores dos times que disputavam o campeonato nacional (em outra edição fizeram com fotografias de lances). Nos divertíamos muito com todas as variantes lúdicas que envolvem essas coleções. E admirávamos, por isso, os jogadores do São Paulo, do Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense... por motivos óbvios.

Eu pedi que meu comprasse pra mim algumas camisas do Bahia. Ganhei muitas. As camisas que não tinham número, eu mesmo colocava usando hidrocor. Eram os números dos meus ídolos: Toninho, Douglas, Beijoca, Gilson Gênio, Gilcinei, Léo Oliveira...

Ficava me perguntando silenciosamente, porque eu não achava figurinhas com os meus craques. Sem achar respostas, pegava minha camisa 9 e ia pro baba: "hoje eu sou Beijoca!"

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